Encerramento do exercício fiscal 2025: quais cuidados sua empresa deve ter até dezembro

Tempo de leitura: 9 minutos

Encerramento do exercício fiscal 2025: descubra os cuidados fundamentais para o fechamento do ano fiscal e prepare sua empresa para a Reforma Tributária.


O fechamento do ano fiscal é aquele momento em que todas as contas vêm à tona. Em dezembro, cada lançamento, provisão e documento fiscal precisa estar em ordem para que o balanço final retrate a realidade da empresa.

É também a hora de ajustar rotas: conferir provisões trabalhistas, revisar tributos, analisar créditos e projetar os efeitos da Reforma Tributária que já começa a bater à porta. Quem encara o encerramento apenas como burocracia perde a oportunidade de transformar números em estratégia.

Quer entender como fechar 2025 sem riscos e ainda usar esse processo como trampolim para 2026? Então, siga a leitura!

Por que o fechamento do ano fiscal é tão importante?

Por que o fechamento do ano fiscal é tão importante

O encerramento anual garante que todas as operações financeiras estejam devidamente registradas e auditadas. Mais do que isso, esse registro serve como uma fotografia detalhada da empresa em dezembro, facilitando a visualização de lucros, dívidas, provisões trabalhistas e obrigações fiscais.

É por meio desse processo que gestores conseguem entender a real capacidade de investimento para 2026, identificar oportunidades de economia e reduzir riscos com o Fisco

Além disso, o fechamento gera relatórios que apoiam decisões de expansão, renegociação de dívidas e até a entrada de novos investidores.

Esse é também o momento de avaliar indicadores de performance, cruzar números contábeis com resultados operacionais e mensurar o quanto a estratégia do ano foi eficiente. 

Fechar bem o exercício significa ter clareza sobre o passado e segurança para projetar o futuro, garantindo que a empresa entre em 2026 com bases sólidas e visão estratégica.

Como organizar a conciliação de contas e provisões trabalhistas?

Como organizar a conciliação de contas e provisões trabalhistas

Um dos primeiros passos para o fechamento do ano fiscal é garantir que todas as contas estejam devidamente conciliadas. 

Isso significa conferir se os lançamentos registrados no sistema contábil coincidem com extratos bancários, cartões corporativos, aplicações financeiras e demais movimentações. Pequenos desencontros entre registros podem se transformar em grandes problemas no balanço patrimonial.

A conciliação deve incluir os seguintes documentos e práticas:

  • contas bancárias correntes e de investimentos;
  • registros de clientes e fornecedores, com conferência de notas fiscais;
  • checagem de pagamentos parcelados e duplicatas em aberto;
  • análise de adiantamentos a funcionários e despesas de viagem.

Outro ponto crítico envolve as provisões trabalhistas. No fim do ano, a empresa precisa calcular com exatidão o 13º salário, férias vencidas e proporcionais, além de encargos como INSS e FGTS. 

Se esses valores não forem provisionados corretamente, o balanço perde credibilidade e o caixa pode ser comprometido em janeiro, quando os pagamentos se acumulam.

imagine uma indústria de médio porte com 80 funcionários. Se a empresa não provisionar corretamente o 13º

Um exemplo prático: imagine uma indústria de médio porte com 80 funcionários. Se a empresa não provisionar corretamente o 13º, pode começar o ano seguinte com uma saída inesperada de centenas de milhares de reais. 

Nesse exemplo, o impacto afeta diretamente o capital de giro e dificulta a negociação com fornecedores. 

Portanto, a conciliação de contas e a revisão das provisões trabalhistas garantem que o balanço reflita a realidade financeira e que o gestor tenha previsibilidade para enfrentar o início de 2026 com mais segurança.

Quais documentos fiscais precisam ser revisados antes de encerrar 2025?

Quais documentos fiscais precisam ser revisados antes de encerrar 2025

Outro cuidado indispensável para o fechamento do ano fiscal é a revisão completa da documentação fiscal. 

Durante o ano, é comum que ocorram falhas no registro de notas ou que pendências passem despercebidas. Se não forem corrigidas até dezembro, essas inconsistências podem gerar autuações e multas.

Entre os documentos que merecem atenção especial, podemos citar:

  • notas fiscais de entrada e saída, conferindo se todas foram devidamente escrituradas;
  • livros fiscais e contábeis, que devem estar atualizados e sem lacunas;
  • guias de recolhimento de tributos, para confirmar se não há débitos em aberto;
  • documentos de retenção na fonte, como INSS, IRRF, PIS e Cofins;
  • comprovantes de importação ou exportação, em caso de operações internacionais.

Além disso, muitas empresas deixam de avaliar os créditos tributários disponíveis, como aqueles ligados ao PIS e à Cofins. 

Ignorar esses créditos significa perder a chance de reduzir a carga tributária. Revisar cuidadosamente cada documento é, portanto, uma forma de garantir conformidade e, ao mesmo tempo, otimizar os resultados financeiros.

Um detalhe importante é a comunicação com o Fisco. Em alguns casos, a empresa pode ter recebido notificações eletrônicas ao longo do ano e não ter dado a devida atenção. Regularizar essas pendências antes do fechamento é essencial para evitar autuações automáticas.

Não é exagero afirmar que revisar a documentação fiscal é como “arrumar a casa” antes de receber uma visita importante. É a garantia de que o exercício será encerrado com transparência e sem riscos desnecessários.

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Como preparar balanço patrimonial e DRE sem erros?

Como preparar balanço patrimonial e DRE sem erros

O balanço patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) são os principais relatórios do fechamento contábil anual. 

O balanço patrimonial apresenta a situação da empresa em um determinado momento, mostrando ativos, passivos e patrimônio líquido. Já a DRE evidencia o desempenho ao longo do ano, detalhando receitas, custos e despesas.

Para preparar esses relatórios de forma confiável, alguns cuidados são indispensáveis, como:

  • garantir que todas as receitas e despesas tenham sido registradas, sem omissões;
  • classificar corretamente as contas contábeis, evitando confusão entre despesas operacionais e financeiras;
  • verificar se depreciações, amortizações e provisões foram devidamente contabilizadas;
  • avaliar a consistência entre balanço, DRE e fluxo de caixa, evitando números que não se conectam.

Um erro comum é deixar de atualizar depreciações de máquinas, veículos e equipamentos. Isso gera um ativo “inflado” e um lucro artificial, que pode distorcer a real capacidade da empresa. 

Outro exemplo frequente é a contabilização incorreta de adiantamentos ou empréstimos entre sócios, o que compromete a leitura do balanço.

Esses relatórios não servem apenas ao Fisco. Eles são fundamentais para negociações com bancos, investidores e até para avaliação interna de desempenho. Uma DRE bem estruturada mostra onde a empresa está perdendo margem e quais áreas geram maior rentabilidade.

Portanto, a preparação do balanço patrimonial e da DRE deve ser encarada como um exercício de inteligência contábil, não apenas como cumprimento de uma exigência legal.

De que forma a Reforma Tributária impacta o fechamento de 2025?

De que forma a Reforma Tributária impacta o fechamento de 2025

O encerramento do exercício fiscal de 2025 será o último antes da transição mais significativa da legislação tributária brasileira em décadas. 

A Reforma Tributária, já em fase de regulamentação (em outubro de 2025), prevê a substituição de tributos federais e estaduais por dois novos impostos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Isso significa que, ao organizar o fechamento de 2025, gestores e contadores precisam avaliar não apenas a conformidade do período atual, mas também os impactos futuros da nova estrutura tributária.

 Afinal, as demonstrações financeiras de dezembro servirão de referência para comparativos e projeções em 2026, quando parte das mudanças começa a valer.

Alguns pontos merecem destaque:

  • planejamento de créditos tributários: empresas que acumulam créditos de PIS e Cofins devem avaliar como utilizá-los antes da transição para a CBS, evitando perder benefícios;
  • simulações de impacto no caixa: setores que hoje contam com regimes especiais precisam projetar como a unificação de tributos afetará margens e custos;
  • revisão contratual: contratos de fornecimento e prestação de serviços de longo prazo devem considerar cláusulas de adaptação à nova tributação.

Imagine, por exemplo, uma rede varejista que hoje opera com regimes diferenciados de ICMS em determinados estados. 

A mudança para o IBS tende a uniformizar as alíquotas, alterando a competitividade regional. Se o gestor não se antecipar a esse cenário, talvez ele tenha que começar 2026 sem clareza sobre custos e margens.

Portanto, o fechamento de 2025 deve ser visto como um “marco de transição”. Ele será não apenas a conclusão de um exercício fiscal, mas também a base de comparação para medir os efeitos da Reforma Tributária nos próximos anos.

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Como transformar o encerramento em uma oportunidade estratégica?

Como transformar o encerramento em uma oportunidade estratégica

Embora muitas empresas encarem o fechamento do ano fiscal apenas como uma obrigação legal, na verdade ele tem o potencial de se transformar em um dos momentos mais estratégicos da gestão. 

O encerramento do exercício fiscal é a chance de traduzir números em insights, de revisar processos internos e de planejar 2026 com base em dados concretos.

Ao analisar os relatórios de 2025, o gestor consegue identificar quais produtos ou serviços tiveram maior rentabilidade, onde houve desperdício de recursos e quais despesas cresceram de forma desproporcional. 

Esse diagnóstico proporciona ajustes na operação e projeções de cenários mais realistas para o próximo ano. Além disso, o fechamento oferece outras oportunidades para os gestores:

  • avaliar a performance da equipe, cruzando custos trabalhistas com produtividade;
  • negociar com bancos e fornecedores, apresentando relatórios confiáveis para conquistar melhores condições;
  • revisar a governança corporativa, garantindo maior transparência para investidores e parceiros.

Outro benefício está na credibilidade. Empresas que entregam demonstrações contábeis bem estruturadas e sem inconsistências transmitem segurança ao mercado, abrindo portas para novos investimentos e parcerias estratégicas.

É nesse contexto que contar com uma assessoria especializada faz diferença. A CLM Controller, por exemplo, atua ao lado dos gestores para garantir conformidade fiscal e inteligência contábil, transformando o encerramento em um momento de oportunidades. Mais do que evitar multas, a empresa ganha visão estratégica para crescer de forma sustentável.

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