Simples Nacional precisa de contador? Entenda o que ninguém te conta

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Empresários que começam a pesquisar sobre obrigações fiscais frequentemente esbarram na dúvida: o Simples Nacional precisa de contador ou realmente é simples lidar com esse regime tributário? 

A impressão inicial pode sugerir facilidade, já que o sistema reúne vários impostos em uma única guia mensal. Mas basta dar alguns passos para perceber que as regras escondem detalhes técnicos, cálculos específicos, cruzamentos automáticos do fisco e exigências que mudam a cada ano. 

Antes de entender quando a contabilidade profissional se torna indispensável, é importante conhecer a estrutura do regime e o tipo de empresa que pode fazer parte dele. 

A partir dessas bases, fica mais claro por que tantas empresas enfrentam problemas ao operar sem orientação técnica. Este guia esclarece cada ponto de forma objetiva, estratégica e alinhada à realidade das empresas que buscam organização, segurança e crescimento.

Leia também: IBS e CBS em operações com bens imóveis, o que muda na prática?

O que é o Simples Nacional

O Simples Nacional é um regime tributário criado para facilitar o recolhimento de impostos de micro e pequenas empresas. Ele reúne diversos tributos em uma única guia chamada DAS, com cálculo baseado no faturamento e na atividade exercida. 

Embora seja um regime simplificado, exige acompanhamento técnico constante, porque inclui limites de receita, regras para folha de pagamento, atividades permitidas, tabelas chamadas anexos e critérios específicos como substituição tributária e fator R

Esses elementos precisam de análise cuidadosa para evitar pagamento indevido de impostos, erros na apuração ou desenquadramento automático do regime.

Quais tipos de empresas entram no Simples Nacional

Para entender melhor se o Simples nacional precisa de contador, é fundamental conhecer quais empresas realmente podem utilizar esse regime. 

Comercio Exterior

A legislação estabelece limites de faturamento, critérios para atividades permitidas e regras específicas para adesão. O enquadramento correto influencia o valor dos impostos, as obrigações acessórias e a manutenção do CNPJ dentro da conformidade fiscal. 

Por isso, a classificação adequada de cada empresa faz diferença no planejamento tributário e no crescimento sustentável do negócio. A seguir, veja como cada categoria funciona dentro do regime e quais cuidados são necessários para manter a regularidade.

Microempresa (ME)

A microempresa é o primeiro nível de enquadramento no Simples Nacional. Ela pode faturar até R$ 360 mil ao ano e atuar em setores como comércio, serviços e indústria, desde que a atividade esteja autorizada nos anexos do regime. 

Mesmo com estrutura enxuta, precisa manter registros organizados e declarações mensais para evitar inconsistências que podem gerar multas. Além disso, mudanças de atividade ou aumento de receita exigem acompanhamento técnico constante para garantir que o enquadramento permaneça adequado.

Empresa de Pequeno Porte (EPP)

A Empresa de Pequeno Porte possui faturamento entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões ao ano. 

Como opera com um volume maior de receitas e processos, precisa de análise detalhada para apuração correta dos impostos, escolha do anexo adequado e acompanhamento do fator R, que altera a alíquota conforme a folha de pagamento. 

Empresas nesse porte enfrentam cruzamentos de dados mais exigentes do fisco, o que reforça a importância de manter uma organização fiscal rigorosa.

Afinal, Simples Nacional precisa de contador?

Sim. A lei brasileira exige que empresas optantes pelo Simples Nacional mantenham contabilidade regular. A obrigatoriedade aparece na Lei Complementar 123/2006, que instituiu o regime. 

O artigo 27 determina que as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) devem manter “escrituração contábil simplificada”, o que inclui livro-caixa, registro de receitas e despesas, controle de estoque e demonstrações financeiras sempre que necessário. 

O artigo 26 também reforça que a empresa deve manter documentação organizada para comprovar movimentações econômicas e fiscais.

Na prática, isso significa que, mesmo com simplificação tributária, o Simples Nacional precisa de contador

Como essas obrigações exigem conhecimento técnico, cálculos específicos e envio de declarações ao governo, o contador se torna indispensável para atender às exigências legais e evitar riscos de multas, inconsistências e até desenquadramento do regime.

Quais empresas não precisam de contador?

A única categoria que não possui obrigatoriedade formal de contratar um contador é o MEI, o Microempreendedor Individual. Nesse modelo, o governo simplificou obrigações acessórias, reduzindo a carga burocrática. 

Mesmo assim, muitos MEIs recorrem à contabilidade para evitar erros no DAS, organizar notas, acompanhar o limite de faturamento e planejar a migração para ME quando necessário. 

Fora isso, todas as empresas com CNPJ — ME, EPP e demais portes — precisam de apoio profissional para manter escrituração, apuração de tributos e declarações exigidas pelo governo. 

A legislação brasileira exige registros contábeis formais, balanços, controles patrimoniais e obrigações fiscais mensais, independentemente do tamanho da operação.

Negócios que tentam operar sem orientação técnica enfrentam riscos que vão desde erros em notas fiscais até problemas mais sérios, como autuações por informações divergentes, cálculo incorreto de impostos e impossibilidade de comprovar dados financeiros em financiamentos, licitações ou processos judiciais. 

Portanto, embora apenas o MEI tenha liberdade legal para atuar sem suporte contínuo, a prática mostra que qualquer empresa que deseja crescer com organização e segurança depende de contabilidade profissional.

Vantagens de ter um contador

Empresas de todos os portes ganham organização, segurança e clareza financeira quando contam com suporte contábil profissional. 

Essa orientação se torna ainda mais importante para negócios enquadrados no Simples Nacional, porque o regime exige apuração correta dos tributos, controle das declarações e acompanhamento contínuo das mudanças legais. A seguir, veja os principais benefícios.

Guia da Reforma Tributaria

Controle completo das obrigações fiscais

O contador organiza todas as rotinas fiscais, garantindo que a empresa mantenha notas fiscais em ordem, tributos apurados corretamente e declarações enviadas dentro dos prazos legais.

Esse controle reduz riscos de multas, inconsistências e bloqueios que afetam o funcionamento do negócio. Também garante que a empresa se mantenha dentro das regras do regime, evitando desenquadramentos por falhas simples que poderiam ser facilmente evitadas.

Planejamento tributário estratégico

Muitas empresas pagam mais impostos do que deveriam por falta de análise técnica. O planejamento tributário realizado por um contador identifica oportunidades de economia, orienta o enquadramento ideal e analisa o impacto das operações sobre o regime. 

No Simples Nacional, cada detalhe faz diferença, desde a escolha correta do anexo até o impacto da folha de pagamento no cálculo do fator R. Por isso, o Simples Nacional precisa de contador para garantir apuração inteligente e reduzir custos tributários.

Gestão financeira organizada

O suporte contábil profissional melhora a organização financeira ao fornecer relatórios precisos, indicadores de desempenho, controle de despesas e visão clara do fluxo de caixa. 

Com esses dados, o empresário toma decisões consistentes, identifica pontos de melhoria e planeja investimentos com segurança. A estrutura financeira organizada fortalece o crescimento do negócio e cria base sólida para expansão.

Segurança jurídica e conformidade

A contabilidade assegura que a empresa opere dentro das normas legais, mantendo registros contábeis corretos, contratos regularizados e declarações enviadas conforme exigido pelos órgãos de fiscalização. 

Essa segurança reduz riscos de autuação, evita conflitos com o fisco e protege o CNPJ contra penalidades graves. Negócios que operam com conformidade ganham credibilidade, confiabilidade e estabilidade.

Eficiência operacional e redução de riscos

Erro fiscal, imposto pago incorretamente ou declaração enviada fora do prazo podem gerar prejuízos significativos. O contador reduz esses riscos ao trazer clareza, organização e controle para todos os processos financeiros. 

A empresa ganha eficiência ao eliminar retrabalho, padronizar rotinas e tomar decisões baseadas em dados reais. Além disso, o suporte técnico fortalece o relacionamento com bancos, fornecedores e investidores, que exigem demonstrações financeiras confiáveis.

Como é feita a contabilidade do Simples Nacional?

A contabilidade do Simples Nacional segue etapas técnicas que garantem regularidade fiscal, apuração correta dos impostos e organização financeira do negócio. Embora seja um regime simplificado, ele exige análises constantes para evitar erros que comprometem o enquadramento da empresa. 

A estrutura da contabilidade começa pelo cadastro completo das atividades exercidas, identificação do anexo adequado e avaliação do impacto da folha de pagamento no cálculo das alíquotas. Desde o início, fica claro que o Simples nacional precisa de contador para garantir que cada operação seja registrada de forma precisa.

O processo mensal envolve a consolidação de notas fiscais emitidas e recebidas, apuração da receita bruta acumulada, conferência de retenções tributárias e verificação de possíveis mudanças de alíquota conforme o faturamento avança. 

Se a empresa possui funcionários, o contador também organiza a folha de pagamento, calcula encargos e mantém obrigações trabalhistas em dia. Também realiza o envio das declarações acessórias exigidas pelo governo, como DEFIS, PGDAS e eSocial, que precisam ser entregues dentro dos prazos legais.

Outro ponto essencial é a escrituração contábil, que registra todas as movimentações financeiras, organiza demonstrativos e prepara relatórios que orientam decisões estratégicas. 

Com essas informações, o empresário compreende melhor a saúde financeira do negócio, identifica riscos e consegue planejar o crescimento de forma consciente. Por isso, além do cumprimento das obrigações, a contabilidade fortalece a gestão e mostra, na prática, o quanto o Simples nacional precisa de contador para manter segurança e eficiência.

Quais os riscos para uma empresa do Simples Nacional que não tem contador

Operar no Simples Nacional sem suporte contábil profissional expõe a empresa a riscos graves que comprometem a regularidade fiscal, a saúde financeira e até a permanência no regime. 

Mesmo regimes simplificados exigem acompanhamento técnico, porque o fisco cruza dados automaticamente e identifica qualquer inconsistência nos registros. Sem orientação, erros simples se transformam em multas elevadas, bloqueios e prejuízos difíceis de reverter. 

A seguir, veja os principais riscos enfrentados por empresas que tentam administrar suas rotinas fiscais e tributárias sem apoio especializado:

  • Apuração incorreta dos impostos, levando ao pagamento a mais ou a menos.
  • Emissão de notas fiscais com códigos errados, resultando em divergências nos sistemas do governo.
  • Atraso ou ausência no envio de declarações obrigatórias, gerando multas automáticas.
  • Risco de desenquadramento do Simples Nacional por inconsistências no faturamento.
  • Perda de benefícios fiscais por falta de planejamento tributário adequado.
  • Dificuldade para comprovar dados financeiros em financiamentos, licitações ou auditorias.
  • Bloqueio do CNPJ por irregularidades acumuladas ao longo do ano.
  • Falhas na folha de pagamento ou no eSocial, causando penalidades trabalhistas e previdenciárias.
  • Falta de controle financeiro, dificultando a tomada de decisão e projeções estratégicas.

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